poesia ou kassovitz revisitado

Dá-me um cigarro,
Dá-me lume.
Dá-me a cerveja.
Já sabes o costume.
Dá-me uma mortalha
Que eu enrolo isso.
Dá-me a pedra
E deixa-te disso.
Dá-me uns trocos
Para beber um café.
Vá lá.
Já sabes que estou farto de estar em pé.
E não me olhes com essa cara atravessada!
Dá-me o telefone da tua namorada!
Porquê? Porquê? Porquê?
Porque ela tem uma coisa para mim.
Quantas pedras de gelo
Queres no teu gin?
Da-me a tua vida,
da-me qualquer uma,
troco na boa na boinha
pelos meus tenis puma.
da-me um coraçao,
o meu foi roubado,
a cabra q o levou nem seker deixou recado.
da-me um pouco da tua classe
quem sabe talvez resultasse,
prometo q n a estrago, tasse?
da-me um bilhete para o cinema,
melhor,
da-me cara duma estrela de cinema
um sorriso pepsodente
de orelha a orelha
fofinho e inocente
tal e qual uma ovelha
da-me a tua imbecilidade
numa aspirina
e junta-lhes a tua integridade cabotina
axas q cabe tudo na mesma terrina
sabia-me mesmo bem agora uma gelatina
da-me um tiro
se isso te faz sentir melhor
da-me um lenço,
da ca eu limpo-te o suor
n consegues atirar
bem me keria parecer isso
da ca essa merda,
eu faço-te o serviço.

"o serviço", da weasel, 3º capítulo

Nuk ka komente:

Ruas sem saída